AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE MICROPLÁSTICOS NAS ÁGUAS DO ESTUÁRIO TRAMANDAÍ - ARMAZÉM E SUA RELAÇÃO COM A QUALIDADE DA ÁGUA

Autores

  • Laura Uergs
  • Thayse Uergs
  • Cacinele Mariana da Rocha UFRGS
  • Daiana Maffessoni Uergs/professor

Palavras-chave:

MP; contaminação; PET; PVC; polietileno

Resumo

A acumulação de partículas de plástico em ambientes aquáticos é acarretada pela produção e uso em grande escala, somada à destinação incorreta enquanto resíduo. Esses pequenos fragmentos, denominados microplásticos (MP), são assunto emergente e considerados um problema mundial, podendo afetar organismos e seus mecanismos. O Litoral Norte do Rio Grande do Sul não possui registros científicos que revelem MP em águas estuarinas. O Sistema Estuarino Tramandaí-Armazém (ETA) recebe grande pressão antrópica, especialmente devido ao aglomerado urbano causado pelo turismo, pelos múltiplos usos de suas águas e por ser parte final receptora de águas de toda a Bacia Hidrográfica do Rio Tramandaí (BHRT). Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar a presença de MP nas águas das lagunas Tramandaí e Armazém, visando classificá-los quanto à sua composição polimérica. Além disso, buscou-se estabelecer uma relação entre a ocorrência de MP e a qualidade da água. Os resultados evidenciam ser uma área que já apresenta contaminação por MP, sendo que na Laguna do Armazém foi contabilizado um total de 240 und/100 m³ e na Laguna Tramandaí foram determinados 225 und/100 m³ de MP. Destaca-se a predominância de PE, PP e PET/PVC que estão estreitamente vinculados às atividades desenvolvidas na região, como a pesca e a ocupação urbana em si. Contudo, não foi possível estabelecer uma relação da presença de MP com os parâmetros de qualidade da água. Embora esteja comprovada a contaminação por MP nessa área estuarina, uma avaliação de mais longo período é interessante e pode, inclusive, indicar o efeito, por exemplo, da ocupação massiva durante o veraneio.

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Publicado

2021-08-26