Eficiência na remoção do hormônio 17α-etinilestradiol de um efluente sanitário a partir da utilização de solo vegetado com Bambu Barriga de Buda (Bambusa taldoides cv. ventricosa)
Palavras-chave:
Fitorremediação, Filtração rápida, Tratamento de efluentes, Zona de raízesResumo
O desregulador endócrino 17α-etinilestradiol (EE2), presente nos anticoncepcionais femininos, após consumido é eliminado pela urina e vai para o efluente. Os sistemas convencionais de tratamento não conseguem removê-lo de forma adequada e são então dispostos nos corpos receptores, onde são capazes de mimetizar, antagonizar ou alterar de forma negativa os níveis de esteroides de vários organismos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar o potencial do uso do solo vegetado com bambu barriga de Buda (Bambusa tuldoides cv. ventricosa) para a remoção do EE2 do efluente. Para tanto, foram aplicados 760 mL de efluente sanitário contendo concentrações de 2 mg.L-1; 2,5 mg.L-1; 3 mg.L-1 e 3,5 mg.L-1 de EE2, em vasos plásticos de 10 litros de capacidade volumétrica, plantados com o bambu. O líquido drenado de cada vaso foi coletado, medido e submetido a análise de determinação da concentração de EE2. Calcularam-se as eficiências de remoção da quantidade absoluta de EE2 (concentração vezes volume) e compararam-se os tratamentos. A eficiência na remoção de EE2 foi de 80,22%; 87,44%; 89,65% e 95,33%, respectivamente, para o efluente aplicado nas concentrações de 2 mg/L; 2,5 mg.L-1; 3 mg.L-1 e 3,5 mg.L-1 de EE2. A eficiência de remoção do EE2 pelo solo vegetado com bambu cresceu com a concentração de hormônio aplicada, sendo parte deste hormônio absorvido pela planta, devido a capacidade do EE2 mimetizar outros hormônios, e outra parte adsorvida no solo que atuou como filtro.
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