ETEs compactas: controle operacional e de processos em associações tecnológicas de reator anaeróbio com diferentes configurações de pós-tratamento
Palavras-chave:
Tratamento de esgoto., ETEs compactasResumo
Embora o marco regulatório do saneamento, Leis 11.445/2007 e 14.026/2020, almejem a universalização dos serviços de saneamento no Brasil, a cobertura dos sistemas públicos de esgotamento sanitário ainda é baixa, e os sistemas isolados dotados de estações compactas de tratamento de esgotos (ECTE), instalados em empreendimentos comerciais e residenciais, contribuem para o alcance dessa meta. No entanto sua operação e manutenção ainda é um desafio para os que dispõem de infraestrutura e recursos financeiros limitados, tendo como alternativa a terceirização destes serviços, a fim de garantir que o efluente produzido atenda a legislação vigente. Assim, as ECTEs devem ser simples, eficientes e economicamente viáveis. O presente trabalho avaliou quatro ECTEs, com tratamento anaeróbio e pós-tratamento aeróbio, com configurações distintas (aeração mecânica e natural), visando identificar como são operadas e monitoradas, suas principais limitações, e se os efluentes atendem aos padrões de lançamento. Os resultados mostraram que todas conseguem enquadrar o efluente tratado aos padrões da CONAMA 430/2011, com eficiência média de remoção de matéria orgânica de 87,1±2,2%, procedimentos operacionais padronizados e desinfecção com hipoclorito de sódio. Três tem retirada de lodo em excesso por caminhões limpa fossas e descarte de efluente tratado no solo, uma utiliza leito de secagem de lodo e efluente tratado em reúso urbano não potável. Mas, o monitoramento das ECTEs tem objetivo apenas de verificar o cumprimento dos padrões de descarte sem preocupação com a avaliação dos processos tecnológicos. A principal limitação é a ausência de medição de vazão impedindo verificar e ajustar os parâmetros operacionais.
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